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O enxofre também é um elemento fundamental no quadro nutricional pois é constituinte dos aminoácidos cistina, cisteína, metionina e, consequentemente, das proteínas papaína, coenzima A, glutationa entre outras. Embora o enxofre não seja constituinte da clorofila, sua deficiência reduz a formação das mesmas. A ação fertiprotetora da calda sulfocálcica como: inseticida, acaricida, fungicida, etc… vem da mescla de compostos existentes no produto, principalmente dos polissulfetos de cálcio (penta e tetra sulfetos - CaS5 e CaS4, que são as espécies com massa molar maior), que quando aplicados sobre as plantas, reagem com a água e com o gás carbônico (originados da atmosfera e do metabolismo das plantas), gerando gás sulfídrico (H2S) e enxofre coloidal (Sx).

A esta reação damos o nome de Reação Fundamental de Decomposição:

Cas: Sx+Co2+H2O —- CaCO3+H2S+Sx

Onde Cas: Sx representa o conjunto de polissulfetos, CO2 gás carbônico, H2O água, CaCO3 carbonato de cálcio, H2S gás sulfídrico e Sx enxofre coloidal. O gás sulfídrico principalmente é o responsável pelo efeito tóxico aos fungos e insetos, sendo muitas vezes mais tóxico que os polissulfetos. O gás sulfuroso e principalmente o ácido pentatiônico, compostos constituídos por reações que se seguem após a deposição do S na superfície das plantas, também tem efeito sobre fungos e insetos. Ocorrendo uma série de reações em cadeia com a participação de elementos atmosféricos e o próprio metabolismo das plantas:

S+O2 —-SO2 (gás sulfuroso)

SO2+H2O —- H2SO3

5H2SO3+3H2O —- 6H2O+2H2S5O6 (ácido pentatiônico)

O interessante é que as reações acima citadas, não são excludentes, mas devem ocorrer simultaneamente (ou em sequência), produzindo então diversos compostos que em conjunto, explicam em parte, o seu efeito genérico para diversos fungos e insetos. O gás sulfídrico (H2S) é considerado um gás extremamente tóxico para insetos e fungos. É mais pesado que o ar e, portanto, tende a descer para o nível do solo. Assim quando a aplicação de calda sulfocálcica é bem conduzida, e os fatores climáticos favorecem, o H2S logo é formado na superfície das folhas e começa sua ação tóxica. É preciso observar então que uma boa dose de POLICAL na parte superior das plantas, permite que o H2S lá formado, possa agir no ponteiro e logo em seguida vá descendo vagarosamente em direção ao solo, e neste trajeto vai atuando em toda a planta promovendo uma autêntica e eficiente fumigação.

Um enxofre tão finamente dividido é muito importante devido ao fato de os insetos apresentarem um sistema respiratório que tem como característica anatômica, a existência de pequenos e inúmeros orifícios na parte inferior de seu tórax, sendo por eles que são feitas suas trocas gasosas. Outros, como à maioria dos ácaros, respiram por dispositivos na parte superior da cabeça, denominados estigmas, mas tendo seu corpo totalmente revestido de tecido extremamente rugoso, possuem tantas reentrâncias, que as mesmas se tornam excelentes captadoras de partículas tóxicas. Como uma parte significativa dos insetos tidos como pragas são de pequeno porte e se deslocam passando a parte inferior do corpo rente à superfície das folhas, raspando seus orifícios respiratórios nas mesmas, assim como sua epiderme rugosa, com a presença de partículas extremamente finas de enxofre nas folhas, obrigam-se a respirarem e a tocarem, quantidades suficientes para sua intoxicação e consequente morte. Este processo tem sua máxima eficiência determinada pelo menor tamanho das partículas de enxofre (assim como pela quantidade de gotas aplicadas por unidade de área tratada). O carbonato de cálcio que sobra na superfície das folhas segundo a reação fundamental, serve como nutriente, pois o cálcio é absorvido pelas folhas com o passar dos dias. A cor branca característica de sua formação, também age como repelente aos insetos alados diminuindo sua postura e consequentemente seu nível de ataque.

POLICAL tem ação ovicida contra ovos não embrionários atuando de forma física ou mecânica, por trincamento do tegumento e sua subsequente desidratação.

POLICAL é bastante seguro para o homem e o meio ambiente por ter classificação toxicológica Classe IV (praticamente não tóxico). E o fato de apesar de ser um complexo de compostos químicos, não ter nenhum átomo que não seja cálcio, oxigênio, hidrogênio e enxofre, todos eles convivendo amigavelmente com o homem desde seus primórdios, confere ao POLICAL confiabilidade total quanto a sua definitiva sanidade. Este fato se torna muito importante, quanto pensamos em atividades como: Agricultura Orgânica e Agricultura Sustentável. É um produto que se enquadra no Manejo Ecológico de Pragas e Doenças, pois apresenta grau médio de ação sobre insetos predadores, sendo o Polissulfeto de Cálcio, aceito internacionalmente pelas organizações credenciadoras de produtos “ecológicos ou verdes”. Estudos mostram que apesar da competente ação fungicida o Polissulfeto de Cálcio não age severamente nos fungos entomopatogênicos: Metarhizium anisoplie, Beauveria spp e Hirsutella thompsonii, três dos mais importantes agentes de controle microbiano de insetos.

Preparo do Polical – Calda sulfocálcica:

Por exemplo, para o preparo de uma calda com densidade de 4° Bé, a partir do PoliCal de 32° Bé. Primeiramente, cruzar na tabela o encontro da coluna 4° Bé (concentração da calda a preparar). O número encontrado (9,0) é a quantidade de litros de água para cada litro da calda original (PoliCal) necessários para diluir até a concentração desejada. CD = Concentração desejada em grau Bé. LA = Litros Água.

Concentração inical da Calda PoliCal = 32°Bé

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